sábado, 5 de fevereiro de 2011

Teste Munsell

http://www.colormunki.com/game/huetest_kiosk

Façam o teste. É interessantissimo...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Perfis de Cores ICC

Mais um artigo interessante…

Algumas respostas sucintas a perguntas frequentes.

O que é um perfil ICC?
Um perfil ICC é um arquivo que descreve as capacidades e limitações dos dispositivos que geram cor. Pode ser usado em conjunto com a tecnologia ColorSync da Apple e aplicações como por exemplo o Adobe Photoshop para corrigir imagens de cores, igualar cores tão próximo quanto possível do scanner ao monitor e à impressora e provas, e também simular a aparência de imagens de máquinas impressoras.
ICC significa International Color Consortium – Consórcio Internacional de Cores, o qual é um grupo de fabricantes líderes de produtos de imagem digital que inclui Adobe, Agfa, Apple, Fuji, Microsoft entre outros. O ICC tem desenvolvido especificações para descrever como os dispositivos criam cor e esta informação está incorporada na estrutura de um perfil ICC.

Porquê perfis personalizados?
Dispositivos diferentes criam cores diferentemente. Mesmo duas impressoras do mesmo modelo e marca irão requerer ajustes ligeiramente diferentes para produzir a mesma cor (e irão produzir cores ligeiramente diferentes com os mesmos ajustes).
Perfis personalizados (feitos sob encomenda) tomam muitos factores em conta incluindo a cor do papel, textura, ajustes de impressora além de outros. A única forma de assegurar que se está a receber a mais exacta e fiel imagem possível é usar um perfil que foi criado especialmente para o seu equipamento, papel, tintas e ajustes.
Pelos motivos acima, os “perfis genéricos”, que algumas vezes acompanham os dispositivos de geração de cores ou sendo oferecidos isoladamente por empresas ao mercado, não irão garantir a equalização na cor.

Que informações estão contidas no perfil da impressora?
Um perfil ICC de impressora contém um espantoso montante de informações. Quando a sua impressora está caracterizada no processo de levantamento de perfil, todos os aspectos do processo de impressão são tomados em consideração. A seguir apresentamos uma lista que serve como uma ilustração de alguns itens capturados pelo perfil da impressora. É importante notar que se houver mudanças num dos ingredientes da lista, o perfil pode tornar-se inválido e o dispositivo pode necessitar de ser recalibrado ou de um novo perfil ser criado.
Também é importante o controle do processo de impressão em máquinas impressoras offset, flexo e rotogravura, em especial o densitométrico, pois a variação da carga das tintas impressas pode invalidar o perfil criado.

Algumas das informações contidas no perfil ICC: Ganho de ponto; Registo; Tintas; Substrato, Temperatura; humidade; UCR; GCR; Reticulação; Resolução; Ajustes do Driver e de Aplicações; Calibração; Ajustes de arquivos de imagens,...

As cores serão exactas com a aplicação do ICC?
Não se deve esperar uma igualdade absoluta entre o monitor (o qual precisa, naturalmente, ser de boa qualidade, não muito antigo, e apropriadamente calibrado) e o perfil impresso. Isto é devido a diferenças físicas entre o monitor e a saída de impressão. Entretanto, quando o impresso é visto sob condição de iluminação padrão de 5000º K (D50) a aproximação pode ficar bem maior.
Da mesma forma não se deve esperar uma exactidão absoluta entre a prova de contrato e a impressora digital, devido a diferenças físicas nos suportes e diferenças na tinta e papel usados na impressora. Os materiais de consumo para impressoras desktop não são necessariamente produzidos para tolerâncias profissionais de lote a lote. O resultado, entretanto, pode ficar bastante próximo, se a comparação for feita sob condição de iluminação padrão de 5000º (D50).

Como uso os meus perfis?
Perfis são bastante versáteis e podem ser usados em muitas e diferentes formas. Eles podem ser usados para igualar cores, de forma que a imagem produzida no scanner pareça correcta no monitor e seja impressa correctamente. Perfis de máquinas impressoras e outros dispositivos de saída podem ser usados pelo designer para simular a aparência de uma imagem tanto no monitor como na impressora. Em alguns casos os perfis podem também ser usados para corrigir problemas de cores nas imagens.
Perfis são usados cada vez que uma imagem é transformada de um formato para outro. Então quando se faz uma separação de um arquivo RGB para CMYK no Photoshop 5.x, um perfil RGB de origem e um perfil CMYK de destino são usados para calcular a separação.

Quantos perfis de impressoras preciso?
Se usarmos sempre as mesmas tintas e exactamente o mesmo papel, pode-se precisar apenas de um perfil. Mas cada vez que se usar diferentes tintas ou papeis, deverá usar-se um perfil diferente.
Os perfis são intencionados para caracterizar o processo de impressão. Alterando-se qualquer parte do processo e ele tiver um efeito nas cores produzidas, necessitar-se-á de um perfil diferente.

Por quanto tempo o perfil é válido?
O perfil permanecerá válido até que alguma coisa ocorra mudando a forma como a impressora irá produzir cores. Mudar o papel, trocar a cabeça impressora, ou comprar tintas de um diferente fabricante podem invalidar o seu perfil e requerer a feitura de um novo.

Os perfis podem ser ajustados posteriormente à sua construção?
Acontecem casos em que o cliente deseja aproximar ainda mais algum aspecto do resultado a um original, e para isto pode haver um ajuste no perfil após a sua construção – por exemplo, para ressaltar a luminosidade ou para aumentar a saturação mantendo o balanceamento das cores assim como reduzir diferenças subtis entre o impresso e o original. Entretanto, este ajuste no perfil pode, eventualmente, beneficiar uma parte da imagem em detrimento de outras.

Como posso calibrar e impor um perfil ICC no meu monitor?
Cada monitor originalmente apresenta cores diferentes para os mesmos números RGB. A solução mais económica é utilizar as possibilidades de seu sistema. Tanto o ColorSync 2.5 ou superior da Apple como o Adobe Photoshop (Mac e Windows) incluem um calibrador visual que o leva através do processo de calibração visual e de imposição de perfil do monitor.
Entretanto a exactidão do resultado depende do olho do operador, que pode variar de um dia para outro ou com diferentes pessoas quanto à percepção.
Assim, o ideal é a compra de um calibrador de monitor (Ex.: O Spectrocam que é fornecido pela ITG) e de um software para perfis ICC em monitores, os quais são simples de se usar e razoavelmente económicos.

Como posso impor um perfil para o meu scanner?
Um perfil de scanner é também relativamente fácil de criar além de que scanners não descalibram com facilidade. Alguns scanners (Ex.: Linocolor e Agfa) incluem software e padrões de teste para criar perfis.

Uso Windows – posso continuar a usar perfis ICC?
Todos os perfis ICC, se construídos apropriadamente, podem ser usados em computadores Mac ou Windows. A sua capacidade para usá-los depende mais das suas aplicações do que do sistema operacional. A maioria dos produtos Corel e Adobe usam perfis em ambas plataformas de computador. Para outros produtos nós sugerimos que você consulte seus manuais e o fabricante. Também, assegure que você teste suas aplicações do uso de perfis cuidadosamente. Nem todas as aplicações usam perfis correctamente.

O que é o serviço de construção remota de perfil ICC?
O fluxo de trabalho baseado em gerenciamento de cores obriga o investimento numa tecnologia nova com a compra do necessário hardware e software para a realização de todas as tarefas internas pela empresa, assim, como o treinamento apropriado do pessoal técnico e tempo disponível para que se consiga o compatível entendimento e condições para a criação e manutenção óptima de trabalhos baseados em perfis ICC.
O conceito de construção remota de perfis leva a empresa a obter perfis de qualidade a um custo inicial mais baixo, sem tirar seu pessoal chave do ciclo de produção para treinamento assim como desobrigará a necessidade inicial da aquisição dos equipamentos associados com a instalação interna do sistema de gerenciamento de cores.
No entanto, mesmo sendo os perfis construídos remotamente, a empresa já estará operando dentro do fluxo de trabalho baseado em gerenciamento de cores o que permitirá seu pessoal tornar-se fluente no assunto e possibilitando um entendimento e decisão de investimento muito melhor e mais fácil. Também o processo de treinamento será encurtado devido ao aumento do nível de conhecimento obtido pelo pessoal técnico enquanto trabalhando dentro do ambiente de cores gerenciadas.

http://www.itgcom.com/perfilICC/respostas.html

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Espectrofotómetro

Espectrofotómetro é um aparelho amplamente utilizado em laboratórios, cuja função é a de medir e comparar a quantidade de luz (energia radiante) absorvida por uma determinada solução, ou seja, é usado para medir (identificar e determinar) a concentração de substâncias, que absorvem energia radiante, num solvente.

Este aparelho possui uma gama de aplicações e está presente em várias áreas, tais como em química, física, bioquímica e biologia molecular. O grande inventor deste instrumento tão fundamental nos dias de hoje foi o químico americano Arnold O. Beckman, em 1940.

Exemplo de um Espectrofotômetro

Em geral, um espectrofotómetro possui uma fonte estável de energia radiante (normalmente uma lâmpada incandescente), um seletor de faixa espectral (monocromatizadores como os prismas que selecionam o comprimento de onda da luz que passa através da solução de teste), um recipiente para colocar a amostra a ser analisada (a amostra deve estar em recipientes apropriados como as cubetas e tubos de ensaio) e, um detector de radiação, que permite uma medida relativa da intensidade da luz.

A base da espectrofotometria, é assim, passar um feixe de luz através da amostra e fazer a medição da intensidade da luz que atinge o detector. O espectrofotómetro compara quantitativamente a fração de luz que passa através de uma solução de referência e uma solução de teste.
Esquema do funcionamento interno de um espectrofotômetro

Antes de se utilizar um espectrofotômetro é sempre feita uma calibração que é fundamental para garantir que as medições obtidas no aparelho sejam precisas. Esta calibração pode variar em vários espectrofotómetros. A maioria dos fabricantes fornece um guia sobre como calibrar o aparelho.
É muito importante ao colocar a amostra a ser analisada, não tocar no tubo de ensaio na parte do meio, para evitar manchas de dedo que alteram a leitura do aparelho. Assim, o ideal é pegar na parte superior do tubo e colocá-lo no aparelho para que ele faça a leitura e dê o resultado almejado. Além disto, para que um espectrofotómetro funcione corretamente, deve ser aquecido antes de usar. Muitos dispositivos demoram cerca de 10 minutos para aquecer.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Transmitância, Absortância e Reflectância

Transmitância - é a fracção da luz incidente com um comprimento de onda específico, que atravessa uma amostra de matéria. É um fenómeno relacionado directamente à absortância, consiste na passagem inalterada de radiação pela matéria, ocasionada pela saturação desta energia. Uma pequena fracção da radiação pode passar pelos dois estágios, sendo primeiramente absorvida e depois liberada como numa transmissão ininterrupta. Esse tipo de radiação é denominada espúria.
A transmitância pode ser utilizada para classificar os diferentes tipos atómicos, uma vez que cada um possui uma capacidade distinta de absorver ou transmitir radiação. Esses conceitos são a base da espectrometria.

Absortância - exprime a fração da energia luminosa que é absorvida por uma determinada espessura de um material; é medida em porcentagem, relativamente à quantidade de energia e comprimento de onda da radiação luminosa incidente.

Transmitância e Absorbância tendem a ser grandezas complementares, ou seja, a sua soma (para a mesma energia e comprimento de onda incidente) é aproximadamente igual a 1, ou 100%.




Reflectância - é a proporção entre o fluxo de radiação electromagnética incidente numa superfície e o fluxo que é reflectido.






Os valores que nos interessam em impressão são os da Transmitância.
OPACIDADE = 1 / TRANSMITÂNCIA

se o valor tender para 1 a tinta é mais transparente, se o valor tender para o infinito a tinta é mais opaca.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Glossário sobre Cor e Colorimetria

Achei este artigo muito interessante...

Algumas Perguntas Frequentes

1. O que é Cor?
2. O que é colorimetria?
3. O que é luminosidade, tonalidade e vivacidade?
4. O que é espectro de cores?
5. O que é constância de cores?
6. O que é metamerismo?
7. Porque o observador padrão 1931 é chamado observador de 2º?
8. O que é o observador de 10º?
9. O que é o espaço de cores CIE 1976 (L*a*b*)?
10. O que são diferenças de cor CIELAB?
11. O que significa DE?
12. O que é a equação CMC?
13. Como eu ajusto o valor passa - não passa?
14. O que difere o colorímetro do espectrofotômetro de reflexão?
15. Como opera o espectrofotômetro de reflexão?
16. Qual é a geometria óptica de um espectrofotômetro?


1. O que é Cor?
a) Cor de um objeto: aspecto da aparência de um objeto distinto de forma, tamanho, posição, ou brilho que dependem da composição espectral da luz incidente, da refletância ou da transmitância do objeto, da resposta do observador, do iluminante, e da geometria óptica de visualização.
b) Cor percebida: atributo de percepção visual que pode ser descrito por nomes de cores tais como branco, cinza, preto, amarelo, marrom, vermelho vivo, púrpura avermelhada, ou pela combinação destes nomes.
c) Cor psicofísica: características de um estímulo de cor (isto é, a luz produzindo uma sensação de cor) denotada pela especificação colorimétrica com 3 valores, tais como valores tristimulos.

2. O que é colorimetria?
É a ciência da medida de cores

3. O que é luminosidade, tonalidade e saturação?
a) Luminosidade (grau de claro ou escuro): é o atributo da percepção visual onde uma área parece emitir mais ou menos luz.
b) Tonalidade: é o atributo da percepção visual onde uma cor é percebida como vermelho, amarela, verde azul, púrpura, etc. Os brancos, pretos e cinza puros não possuem tonalidade e saturação.
c) Saturação (Vivacidade) é o atributo da percepção visual que indica o grau de pureza da cor – quanto maior o grau mais saturada ou vívida é a cor.

4. O que é espectro de cores?
O famoso experimento de Newton demonstrou que a luz consiste de energia de diferentes comprimentos de onda. O olho é sensitivo a uma larga faixa de comprimentos de onda que vão aproximadamente de 400-700 nanômetros (bilionésima parte do metro). O espectro visível representa somente uma pequena fração do total espectro eletromagnético. Dentro do espectro visível alguns comprimentos de onda produzem certas sensações visuais. Por exemplo, os comprimentos de onda mais baixos desta faixa são percebidos como violetas ou azuis (região ultravioleta do espectro visível).

5. O que é constância de cores?
É a tendência geral das cores de um objeto permanecerem constantes quando a cor da fonte de iluminação é mudada. Este fenômeno não pode ser confundido com metamerismo o qual para acontecer precisa estar associado com pelo menos duas amostras.

6. O que é metamerismo?
O metamerismo é usualmente referido a situação onde duas amostras de cores parecem iguais sob uma condição de iluminação, mas diferente sob outra. Outros tipos de metamerismo incluem metamerismo geométrico e o metamerismo de observador. Duas amostras que se igualam condicionalmente são ditas como par metamérico. Se duas amostras têm idêntica reflexão espectral elas não podem ser metaméricas – elas se igualam de forma incondicional.

7. Porque o observador padrão 1931 é chamado observador de 2º?
Os dados do observador padrão 1931 foram derivados de experimentos de igualação de cores com um arranjo que significa que o estímulo ativou uma área da retina de 2 graus. A distribuição de bastonetes e cones sobre a superfície da retina não é uniforme implicando que os valores tristímulus obtidos dos dados 1931 são somente válidos para observações feitas sob condições de visualização de 2 graus. Isto é equivalente a visualização de uma pequena área de 1,7mm a uma distância do comprimento de um braço (50cm) e não corresponde particularmente bem com as condições de visualização freqüentemente utilizada na indústria de colorantes.

8. O que é o observador de 10º?
Devido ao observador padrão 1931 de 2 graus não ser apropriado para julgamento visual de cores em áreas maiores a CIE definiu um segundo jogo de funções de observador em 1964 conhecido com dado suplementar de observador baseado em experimentos de igualação de cores com um campo de 10 graus equivalente a visualização de uma pequena área de 8,8mm a uma distância do comprimento de um braço (50cm) .

9. O que é o espaço de cores CIE 1976 (L*a*b*)?
Em 1976 a CIE especificou dois espaços de cores; um deles foi intencionado para uso com cores com iluminação própria (ex.: monitor de televisão) e o outro foi intencionado para uso com cores de superfície, O último é conhecido como espaço de cores CIE 1976
(L*a*b*) ou CIELAB.
O CIELAB permite a especificação de percepções de cores em termos de um espaço tridimensional. A axial L é conhecida como luminosidade e se estende de 0 (preto) a 100 (branco). As outras 2 coordenadas a* e b* representam respectivamente avermelhar – esverdear e amarelar – azular.

10. O que são diferenças de cor CIELAB?
O espaço de cores CIE 1976 (L*a*b*) proporciona uma representação tridimensional para a percepção do estímulo de cores. Se dois pontos no espaço representando dois estímulos são coincidentes, então a diferença de cores entre os dois estímulos é zero. Conforme aumenta a distância entre os dois pontos no espaço é razoável assumir que a diferença de cor percebida entre os estímulos representa aumentos correspondentes. Uma medida da diferença na cor entre dois estímulos é, portanto, a distância Euclidiana DE* entre os dois pontos nos espaço tridimensional.

11. O que significa DE?
O termo DE é derivado da palavra alemã Empfindung, que significa sensação. DE significa literalmente diferença na sensação. O asterisco sobrescrito é algumas vezes usado para denotar a diferença CIELAB (DE*)

12. O que é a equação CMC?
A fórmula de diferença de cor CMC permite o cálculo da tolerância elipsóide ao redor do alvo padrão onde as dimensões da elipsóide são a função da posição no espaço de cores do alvo. O projeto desta fórmula permite que 2 coeficientes (l e c) sejam definidos pelo usuário sendo normalmente especificada como CMC (l:c). Os valores de l e c modificam a importância relativa que é dada respectivamente para diferenças na luminosidade e na saturação (vivacidade). A versão CMC (2:!) da fórmula tem se mostrado interessante para estimar a aceitabilidade de avaliações de diferenças de cor.

13. Como eu ajusto o valor passa - não passa?
O limite passa – não passa depende da equação que é usada, e também da aplicação. O correto valor de passa – não passa só pode ser determinado pela experiência prática, sendo que seu limite, para todos os pares de amostras, tenha uma diferença de cor menor do que aquele limite estabelecido e aceito pelo cliente.

14. O que difere o colorímetro do espectrofotômetro de reflexão?
Existem dois tipos principais de instrumentos para medir a cor em superfícies opacas: os espectrofotômetros e os colorímetros de refletância. Os espectrofotômetros de refletância medem o montante de luz refletida por uma amostra em muitos intervalos de banda curta no comprimento de onda, resultando em um espectro de refletância. Em contraste, colorimetros tristímulos empregam três filtros de banda larga para obter três números que podem ser convertidos diretamente para valores tristimulos. Conseqüentemente os colorímetros não podem providenciar dados de refletância espectral. Até recentemente os colorímetros eram preferidos aos espectrofotômetros devido ao seu baixo custo de fabricação e portabilidade. Hoje, com o avanço da tecnologia, os espectrofotômetros se tornaram portáteis e com uma grande redução em seu custo, com os colorímetros perdendo as vantagens competitivas que existiam no passado.
Os espectrofotômetros de refletância medem o montante de luz refletida por uma superfície como uma função de comprimento de onda para produzir o espectro de refletância. O espectro de refletância de uma amostra pode ser usado em conjunto com a função do observador padrão da CIE e a distribuição relativa da energia espectral do iluminante, para calcular os valores tristímulos CIE XYZ daquela amostra sob aquele iluminante.

15. Como funciona o espectrofotômetro de reflexão?
A operação de um espectrofotômetro é basicamente de iluminar a amostra com luz branca e calcular o montante de luz que é refletido pela amostra em cada intervalo do comprimento de onda. Tipicamente os dados são medidos para 31 intervalos de comprimento de onda centrados em 400 nm, 410 nm, 420 nm, ....., 700 nm. Isto é feito passando-se a luz refletida através de filtros de interferência ou de grade de difração que dividem a luz em intervalos separados de comprimentos de onda. O instrumento é calibrado usando-se uma cerâmica branca cuja refletância em cada comprimento de onda seja conhecida e comparada a uma superfície que permita uma perfeita difusão. A refletância de uma amostra é expressa entre 0 e 1 (como uma fração) ou entre 0 e 100 (como uma percentagem). É importante compreender que os valores de refletância obtidos são valores relativos e, para amostras não fluorescentes, são independentes da qualidade e quantidade de luz usada para iluminar a amostra.

16. Qual é a geometria óptica de um espectrofotômetro?
A geometria óptica do instrumento é importante. Em alguns instrumentos é usadas uma esfera integradora que capacita a amostra ser iluminada de forma difusa (igualmente de todos os ângulos) e a luz refletida a ser coletada em um ângulo perpendicular a superfície da amostra Alternativamente, outros instrumentos iluminam a amostra a um certo ângulo e coletam a luz em outro ângulo. Por exemplo, a amostra pode ser iluminada em 45 graus na superfície e a luz refletida medida em 0 graus – isto é conhecido como geometria de 45/0. O contrário a isto é 0/45. A geometria por iluminação difusa pode ter o componente especular incluído ou excluído. Ela é usada pelos instrumentos para permitir a inclusão do componente especular tendo o 0º deslocado, geralmente para um ângulo de 8º. É extremamente difícil, se não impossível, correlacionar medidas tomadas entre instrumentos se a geometria óptica não for idêntica.
As quatro geometrias padrão CIE são:
- iluminação difusa e coleta de luz no normal, D/8;
- iluminação normal e coleta de luz difusa, 8/D;
- iluminação em 45 graus e coleta de luz no normal, 45/0;
- iluminação normal e coleta de luz em 45 graus, 0/45.

Material preparado pelo
Departamento de Consultoria da ITG
http://www.itgcom.com/cor_colorimetria.html

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

ELEMENTOS DA COR (MÉTRICA DA COR)

Toda cor possui três características principais responsáveis por medi-las e identifica-las:
Matiz – É a própria cor na sua máxima intensidade. Vermelho, verde ou azul, por exemplo, são matizes. As mudanças nos matizes são obtidas pelo acréscimo de outros matizes;
Saturação – Grau de pureza de um matiz, ou seja, a capacidade de preservação da sua intensidade máxima. Uma cor tem a máxima saturação quando corresponde ao seu próprio comprimento de onda no espectro. A dessaturação de uma cor pode-se dar pela proporção de um matiz em relação ao preto, branco, cinza ou pela sua cor complementar;
Luminosidade – Trata-se da capacidade da cor de refletir a luz branca, tornando o matiz mais claro ou mais escuro, independente da sua saturação.

domingo, 30 de janeiro de 2011

SÍNTESES CROMÁTICAS

Introdução
Chamamos sínteses cromáticas aos tipos de sistemas com os quais conseguimos gerar o espectro de cores, a fim de possibilitar reproduzi-las.
A mistura dos tons cião, magenta e amarelo, em diferentes intensidades, resulta numa enorme variedade de cores. Essa variedade de tons alcançada por esse sistema (CMYK) é menor do que a variedade do sistema RGB de TVs e monitores, por isso é que é preciso tomar cuidado ao se trabalhar com cores em materiais que serão impressos. O que é exibido no monitor não é aquilo que será impresso. Na imagem abaixo, são mostrados o alcance de cor dos sistemas RGB e CMYK dentro do espectro visível de luz (a região colorida).
Síntese aditiva
É formada pelas cores obtidas através de feixes luminosos, chamadas cores-luz. Essas cores não possuem corpo material, existindo apenas quando as projetamos sobre uma superfície com o auxílio de alguma fonte luminosa, como um refletor.
Nesta síntese partimos da ausência total de luz, caracterizada pelo preto, e vamos adicionando luminosidade até obtermos ponto máximo, ou seja, a luz branca.
A síntese aditiva é aplicada em televisão, cinema, iluminação cênica, na fotografia…
Podemos formar qualquer cor, inclusive o branco, partindo de três cores fundamentais:
o VERMELHO, o VERDE e o AZUL. (Red, Green, Blue - RGB)
Essas cores, misturadas entre si ou duas a duas, em proporções diferentes ou iguais vão resultar em todas as cores possíveis. Contudo estamos a falar de LUZ, isto é, comprimentos de onda. As tintas não se comportam dessa maneira, porque os pigmentos que as formam não são perfeitos.
Assim:
Azul + Verde + Vermelho = BRANCO
Esta é a SINTESE ADITIVA, assim chamada porque formamos as cores e o branco pela adição das cores básicas, também chamadas primárias ou fundamentais, ou seja, o vermelho,verde e azul. As cores formadas pela combinação das cores básicas chamam-se complementares ou secundárias, que, como vimos no caso da síntese aditiva, são o amarelo, o magenta e o cião.
Uma cor é complementar (ou oposta) à outra quando se anulam reciprocamente, ou seja, quando as juntamos e se neutralizam.
Para exemplificar, tomemos uma cor qualquer, o vermelho.
Basta que juntemos as outras duas cores fundamentais da síntese aditiva, ou seja, o azul e o verde, para obtermos a cor complementar do vermelho, que é o cião. Um filtro cião não deixará passar nenhum comprimento de onda vermelho, deixando-o preto, e vice-versa.
Assim, temos:
COR OPOSTA e sua SÍNTESE
Vermelho
Verde
Azul
Cião (Azul + Verde)
Magenta (Azul + Vermelho)
Amarelo (Vermelho + Verde)
Síntese Aditiva: o Vermelho, Verde
e Azul formam o Ciano, magenta e
amarelo, e ao centro o Branco


Síntese subtrativa
Aqui as cores são obtidas por corantes que têm maior ou menor capacidade de absorver luminosidade, obtendo as cores-pigmento.
Quando temos uma superfície branca, o ponto inicial desta síntese, significa que ela é capaz de refletir 100% dos raios luminosos. Ao aplicar um pigmento sobre esta superfície, ele subtrai luminosidade até conseguir um índice máximo de absorção, caracterizado, teoricamente, pelo preto. Na prática, a impureza dos pigmentos faz com que cheguemos até um cinza neutro, sendo necessário o reforço do preto nos processos gráficos.
A síntese subtrativa é largamente usada na indústria gráfica, indústria química, indústria têxtil, nas artes plásticas, entre outros.
Na SÍNTESE SUBTRATIVA, as cores básicas são exatamente o amarelo, magenta e cião, sendo as suas complementares, respectivamente, o azul, verde e vermelho. Como na síntese aditiva, as cores básicas podem ser combinadas duas a duas ou todas entre si, em proporções iguais ou diferentes, para se formar todas as cores possíveis.
COR BÁSICA COR COMPLEMENTAR
Amarelo - Azul (Magenta + Ciano)
Magenta - Verde (Ciano + Amarelo)
Ciano - Vermelho (Amarelo + Magenta)
Estes conceitos de cores básicas e complementares são fundamentais para a compreensão de vários temas em fotografia, pois suas aplicações são importantes quando se deseja corrigir ou acentuar
determinados aspectos do assunto fotografado, seja a cores ou Preto-e-branco. No campo do laboratório a cores, é essencial o domínio dos conceitos da síntese subtrativa. Em inglês, esses sistemas são conhecidos como RGB (Red, Green Blue, síntese aditiva)
Síntese Subtrativa: na figura podemos ver
as 3 cores complementares unidas, o cião, o magenta e
amarelo que formam novamente o vermelho, verde e o
azul, sendo que no centro temos o preto.

Síntese partitiva
É a soma fisiológica das sínteses aditivas e subtrativas, resultando na cor-óptica. Neste caso, as cores não são misturadas materialmente, mas através da impressão que causam ao se agruparem numa maior ou menor proporção sobre uma superfície.
Um bom exemplo desta síntese são os trabalhos dos pintores impressionistas. A ilusão de uma vasta combinação de cores se dá não pela mistura das tintas, mas pela sensação que a justaposição de cores puras causa, como neste quadro do pintor Georges Seurat